Aquele dia
Aquele dia
Há sempre aquele dia, no meio da idade, em que o homem troca a portuguesa pela estrangeira. Pasme-se: até é feliz com a nova carne no hiato breve entre a libertação e a avalanche do arrependimento. Tenho para mim que pôr a vida entre culturas raras vezes resulta. Não é só a boca que aparta, mas também as subtilezas do tacto e da língua. Cai-se invariavelmente em lares de comida de pizaria e de inglês de organização internacional.
Sabendo estes riscos, aceitei mudar-me para a TimeOut Lisboa, inglesa a viver nos Restauradores, para escrever semanalmente sobre restaurantes e pormenores gastronómicos da capital. Oh! como eu gosto das inglesas que vivem em Lisboa-Lisboa e não no Estoril ou em Sintra.
Há sempre aquele dia, no meio da idade, em que o homem troca a portuguesa pela estrangeira. Pasme-se: até é feliz com a nova carne no hiato breve entre a libertação e a avalanche do arrependimento. Tenho para mim que pôr a vida entre culturas raras vezes resulta. Não é só a boca que aparta, mas também as subtilezas do tacto e da língua. Cai-se invariavelmente em lares de comida de pizaria e de inglês de organização internacional.
Sabendo estes riscos, aceitei mudar-me para a TimeOut Lisboa, inglesa a viver nos Restauradores, para escrever semanalmente sobre restaurantes e pormenores gastronómicos da capital. Oh! como eu gosto das inglesas que vivem em Lisboa-Lisboa e não no Estoril ou em Sintra.